sexta-feira, dezembro 30, 2005

Homenagem a Custódio Sá

"A minha vida sentou-se
E não há quem a levante,
Que do Poente ao Levante
A minha vida fartou-se.

E ei-la, a mona, lá está,
Estendida, a perna traçada,
No infindável sofá
Da minha Alma estofada (...)"

Mário de Sá-Carneiro

"A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.

A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho."

Fernando Pessoa


Pequena homenagem a um grande homem...

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois não era mais humano
Morrer por um bocadinho
De vez em quando
E recomeçar depois
Achando tudo mais novo?

José Gomes Ferreira (tão bem escolhido por Manuel Lopes)

Ao meu tio Custódio, que acima de tudo amava a vida....

30 dezembro, 2005 22:48  
Anonymous Anónimo said...

O poema do Mário de Sá-Carneiro é sem dúvida o primeiro que me ocorre nas citações do meu tio. Se não esse apenas "O que há em mim é sobretudo cansaço..." de Fernando Pessoa...excelente selecção primo!

30 dezembro, 2005 22:52  
Blogger Arba:a said...

Obrigado priminha...É sem duvida a selecção de quem o conhecia muito bem! E tu és, claramente, alguém que conhecia os seus gostos... :)

31 dezembro, 2005 05:36  
Blogger Catus said...

Homem que fez muitos amigos (como se viu). É o que se leva desta vida injusta, as relações, os afectos o resto é efémero.

02 janeiro, 2006 16:03  

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