Poesia - Camilo Pessanha
"Tenho sonhos cruéis: n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração de um véu escuro!...
Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,
Sem ela o coração é quasi nada:
- Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora."
Espero que assim contribua para mais participações poéticas de quem tanto tem para dar...Abraço a todos
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração de um véu escuro!...
Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,
Sem ela o coração é quasi nada:
- Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora."
Espero que assim contribua para mais participações poéticas de quem tanto tem para dar...Abraço a todos
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